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Foto do escritorInstituto Não Aceito Corrupção

Como a ética e seus valores intrínsecos podem ajudar no combate a corrupção?

16/05/2023 às 09:00


Inevitavelmente, quando falamos de uma sociedade onde há inúmeras mentes, com diferentes valores, crenças e maneiras de agir sobre determinadas situações, que estão sobre deveres e direitos, a impunidade surge. Os questionamentos sobre certo e errado, o que limita ou delimita, dentre tantos outros, sempre são e serão motivos de debates.


Mas uma sociedade com sua pluralidade de questionamentos, necessidades e prioritariamente, anseio por avanço, precisa de valores e diretrizes que possam direcioná-la para um novo patamar.


Quando falamos sobre ética, aparentemente parece ser algo abstrato. Mas, a ética é formada por uma série de outros valores básicos, como: transparência, coerência, justiça, liberdade, verdade, respeito, humanidade, imparcialidade e universalidade, são alguns deles. Ao não obtermos êxito na ética, possivelmente em muitos outros, não temos obtido.


A Constituição Federal Brasileira de 1988, traz as diretrizes da União. Assim como, no Título I -- "Dos princípios fundamentais", consta seus fundamentos para uma sociedade avançar em todos os âmbitos.


No entanto, um dos possíveis agentes para o combate à impunidade, é uma sociedade que de fato, cresça de forma saudável e, a ética e os valores inerentes a ela, sejam prioritários e inegociáveis.


No país conhecido pelo "jeitinho brasileiro", onde por vezes, é falado de forma pejorativa, em partes por tornar impune, o que deveria ser punido. Se, a lei fundamental e suprema de um país, não é respeitada e cumprida, não podemos ser seletivos no cumprimento das demais.


Quando a ética e seus valores inerentes são acionados, inevitavelmente, a corrupção, não ficará impune. Na existência de leis, havendo seu cumprimento, dados os fatos na sua transparência e integridade, de pouco a pouco, a corrupção será desmascarada e nesse momento, a impunidade não deverá ter voz.


A seletividade de uma sociedade em cumprir aquilo que a direciona, revela a sua parcialidade. O ato de justiça, cumprido com valores éticos, sobre a reflexão dos costumes e a ação dos direitos e deveres, possui um efeito imensurável.


Neste sentido, qual o real dever da ética e seus valores inerentes? Havendo a verdadeira prática deles com afinco, inevitavelmente a sociedade entenderá que as diretrizes, suas leis, de fato se cumprirão e que não haverá espaço para impunidade.


Um povo que cresce acreditando, que seus fundamentos, não se cumprirão, permanece uma sociedade fraca em seus valores.


Tornar valores que se parecem abstratos, unindo-os a valores que agregam e delimitam atos de injustiça, desrespeito, imparcialidade e falta de humanidade, auxiliarão uma sociedade a crescer de forma saudável.


As leis estão em constante mudança e é a sociedade na sua evolutiva, que dita as necessidades de se formalizar seus direitos e deveres, mas sem seu devido cumprimento, em nada será alterado. A prática destes valores, não podem, tampouco, serem aguardados pelos agentes de justiça e seus órgãos.


Mas, o início está na sociedade, onde cada um age com justiça, ética, transparência, humanidade, integralidade, dentro do seu campo de atuação, sendo muito ou pouco influente. A influência está na esfera de atuação, que cada cidadão tem. Fazendo com que as supremas leis se cumpram, não ao seu modo, mas segundo o propósito pelo qual elas foram criadas.


A inaceitável impunidade diante de seus atos corruptos, alcançados aos valores éticos, incitarão de forma sábia e inteligente uma sociedade e União a avançar em todas as suas esferas.


O ato que, por vezes diante de tantas injustiças, torna um país desacreditado na justiça e avanço, consequentemente gera uma sociedade agressiva.


A compreensão da aplicação de valores éticos, no nível de influência, gera uma reação em cadeia para combater fatores que impedem o avanço da sociedade, podendo ser uma grande chave de transformação.


Quando há parâmetros que regulamentam qualquer sociedade e por vezes, existe a busca de se fazer "justiça com as próprias mãos", inevitavelmente atingem-se outros valores.


A grande verdade é que se as leis de uma sociedade forem cumpridas, se os agentes e órgãos de justiça forem imparciais e transparentes com as investigações, na condução e etapas do processo, até atingir a decisão final e enérgicos no seu cumprimento, pouco a pouco, os novos casos que surgirem tomarão um novo rumo.

Quanto as impunidades passadas, retornar a eles não é retrocesso, mas correção. Dentro daquilo que se pode realizar, para que atos de injustiça sejam corrigidos, demonstra valores sendo cumpridos e praticados em uma sociedade. Retroagir e não avançar é manter o errado como certo, atingindo ainda, novas gerações a replicarem atos de injustiça e defasagem moral.


A atuação de cada cidadão neste combate jamais será atuando com violência, fomentando assim, mais atos de igual ou pior forma. A verdade é que a união de todos os cidadãos formam a sociedade. Desacreditar que uma mudança inicia em cada um, é acreditar que fazemos parte de um grande sistema corrupto e que não existe transformação.


*Corrupção em Debate é uma coluna do Instituto Não Aceito Corrupção (INAC).


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